GEPA vs GPA: O que Você Precisa Saber sobre essas Doenças Autoimunes
Se você está lidando com sintomas persistentes como asma de início tardio, problemas crônicos nos seios nasais, fadiga inexplicada ou dores nos nervos — e os tratamentos convencionais não estão ajudando — pode estar enfrentando algo além de uma condição comum.
Duas doenças autoimunes raras, mas importantes para conhecer, são a Granulomatose Eosinofílica com Poliangiite (GEPA) e a Granulomatose com Poliangiite (GPA).. Embora seus nomes soem semelhantes, elas são tipos distintos de vasculites associadas ao ANCA e afetam o corpo de maneiras bem diferentes. Este artigo explica as diferenças entre EGPA e GPA, detalha seus sintomas, como são tratados e a frequência com que ocorrem, usando uma linguagem pensada para apoiar e informar os pacientes.

O que é Granulomatose Eosinofílica com Poliangiite (GEPA)?
GEPA, anteriormente conhecida como Síndrome de Churg-Strauss, é uma condição autoimune rara. Ela geralmente começa com asma e alergias, e progride para os vasos sanguíenedos e órçãos, de acordo com o Centro de Informações sobre Doenças Raras e Genéticas (GARD). Os pacientes podem enfrentar problemas respiratórios, como tosse persistente e dificuldade para respirar. Uma característica marcante da condição é a eosinofilia, que significa níveis elevados de um tipo específico de glóbulo branco chamado eosinófilo. Essas células podem causar inflamação que danifica tecidos e órgãos.
A maioria das pessoas com essa doença passa por uma progressão em três fases:
- Fase alérgica – asma, pólipos nasais e problemas no sinus
- Fase eosinofílica – aumento dos eosinófilos no sangue ou nos tecidos
- Fase vasculítica – inflamação dos vasos sanguíneos que afeta nervos, pele, pulmões e outros órgãos
O que é Granulomatose com Poliangiite (GPA)?
A GPA, anteriormente chamada de Granulomatose de Wegener, é outro tipo de vasculite associada ao ANCA. Ela frequentemente afeta o sinus, pulmões e rins de acordo com um airtgo publicado pela Mayo Clinic. Ao contrário da GEPA, esta condição geralmente não envolve asma ou níveis altos de eosinófilos. Ao invés disso, causa granulomas, ou agrupamentos de células inflamatórias, que se agrupam nos tecidos afetados.
Os sintomas iniciais mais comuns incluem:
- Sinusite persistente
- Úlceras ou sangramentos nasais
- Tosse, às vezes com sangue
- Fadiga e perda de peso
- Problemas nos rins, como urina no sangue
Diferenças Principais Entre GEPA e GPA
Embora ambas as doenças envolvam vasos sanguíneos inflamados, elas afetam o corpo de maneiras diferentes:
- Asma e alergias: Comum na GEPA, raro na GPA
- Eosinofilia: Presente na EGPA, não é típica na GPA
- Tipo de ANCA: A EGPA é mais frequentemente positiva para MPO-ANCA, enquanto a GPA geralmente é positiva para PR3-ANCA.
- Órgãos Afetados: A EGPA pode afetar o coração e os nervos; a GPA afeta comumente os rins e as vias respiratórias superiores.
Como São Tratadas Essas Duas Doenças Vasculíticas?
Ambas as condições são tratadas com medicamentos que suprimem o sistema imunológico, mas a abordagem específica pode variar.
- Corticosteroides geralmente são o primeiro passo no tratamento de ambas as doenças.
- Drogas imunossupressoras podem ser utilizadas em casos mais severos.
- Os medicamentos biológicos têm sido cada vez mais utilizados para controlar casos difíceis e prevenir recaídas.
Os objetivos do tratamento são controlar a inflamação, proteger os órgãos e manter a remissão. Acompanhamentos regulares são importantes para monitorar efeitos colaterais e ajustar os medicamentos.
Prevalência Mundial
Tanto a GEPA quanto a GPA são doenças raras, mas a GPA é mais comum.
- GEPA afeta entre 2 a 38 milhões de pessoas. Sua incidência (novos casos por ano) é estimada em aproximadamente 0.6 a 3.4 por milhão.
- GPA afeta até 200-400 pessoas por milhão. A incidência varia de entre 0.2 e 1.4 por 100,000 anualmente.
GPA é mais frequentemente diagnosticada em populações européias, enquanto GEPA tente a surgir em pessoas com histórico de asma e alergiana população adulta.
Considerações Finais
Viver com uma condição autoimune rara, como as doenças mencionadas, pode ser desafiador, mas compreender as diferenças entre elas pode ajudar você a cuidar da sua saúde com mais confiança. Ambas as condições são graves, mas com o tratamento e o apoio adequados, muitos pacientes conseguem levar uma vida plena e ativa.
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Referências:
- NIH Genetic and Rare Diseases Information Center (GARD). “Eosinophilic Granulomatosis with Polyangiitis.” https://rarediseases.info.nih.gov/diseases/6111/eosinophilic-granulomatosis-with-polyangiitis
- Mayo Clinic. “Granulomatosis with Polyangiitis.” https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/granulomatosis-with-polyangiitis/symptoms-causes/syc-20351088
- Bell C, Blauer-Peterson C, and Mao J (2021). Burden of illness and costs associated with eosinophilic granulomatosis with polyangiitis: evidence from a managed care database in the United States, Journal of Managed Care & Specialty Pharmacy 2021 27:9, 1249-1259, https://doi.org/10.18553/jmcp.2021.21002.
- Emmi, G., Bettiol, A., Gelain, E. et al. Evidence-Based Guideline for the diagnosis and management of eosinophilic granulomatosis with polyangiitis. Nat Rev Rheumatol 19, 378–393 (2023). https://doi.org/10.1038/s41584-023-00958-w
- DynaMed. Granulomatosis With Polyangiitis (GPA) and Microscopic Polyangiitis (MPA). EBSCO Information Services. Accessed June 20, 2025. https://www.dynamed.com/condition/granulomatosis-with-polyangiitis-gpa-and-microscopic-polyangiitis-mpa